quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Elisa Alderani

As trovas abaixo foram premiadas. O tema da trova está em negrito.

1
linha do trem recorda
o dia em que tu partiste.
E o meu coração acorda...
Pulsa a dor que produziste!
2
Amo ler, e bem escolho
no livro a mensagem certa.
O conteúdo, recolho
não deixo a mente deserta!
3
Boca de lobo entupida...
Só não jogam quem merece!
Sarjeta não tem saída,
vamos ver o que acontece,..
4
Choveu forte na cidade,
Corre barro na sarjeta...
Sai do banco meu confrade,
cai... Suja toda a jaqueta...
5
Com linha branca costuro
o enxoval do meu menino.
Só Deus sabe seu futuro,
ao seu amor eu me inclino!
6
De mãos dadas caminhava
com ele ao lado direito.
O meu coração sonhava
num casamento perfeito.
7
De sonhar temos direito,
Ninguém nos pode tirar  
o desejo mais perfeito
de escolher a quem amar!
8
Encontro sempre um abrigo
quando existe tempestade.
No livro que é meu amigo...
a chuva de paz me invade!
9
É pássaro em revoada
o voltar dos pensamentos,
no vai e vem da alvorada
e na utopia dos ventos!  
10
Lá do cume da montanha,
vejo a paisagem mais linda,
Deus fez esta obra tamanha
sua perfeição é infinda!
11
Lapidei teu coração
como um brilhante valioso,
e com constante oração
o tornei mais luminoso!
12
Lava os pés, pobre Zezinho...
na sarjeta está sentado,
fala com ele sozinho
está bêbado o coitado!
13
Na linha da nossa vida,
nós temos a curva e a reta;
encontramos a guarida
quando a dor a inveja injeta.
14
página amarelada
de um álbum, quase esquecido,
tem a lembrança velada...
De tanto tempo perdido.
15
Na paisagem do meu sonho,
cada noite te procuro.
Vejo-te belo e risonho
no coração te seguro!
16
Naquela estação tão fria
que não consigo esquecer...
o meu coração sentia
que não ia mais te ver.
17
No caminho desta vida,
vitória conquistada
deixa a pessoa iludida
que não será derrotada...
18
Nosso time brasileiro
bom de bola conhecido.
Com os pés dum artilheiro
tem o título vencido!
19
O centro deste brilhante
esconde doce segredo,
meu coração palpitante
que vai ficar em seu dedo,
20
Quando a insônia me atormenta
na ilusão sinto teus braços.
E o devaneio sustenta
a doçura destes laços.
21
Quando Deus criou o mundo,
deu-nos um mundo perfeito.
Pra que ele seja fecundo
devemos cuidar direito.
22
Quando falo de respeito...
quanto choro derramei
sozinha, triste no leito,
traída, por quem amei!
23
Quando um homem é de respeito,
todos sentem segurança,
ele emana de seu jeito
o perfume da confiança.
24
Quem na testa tem coroa,
sabe reinar com nobreza...
Em praticar obra boa,
ama o povo com certeza!
25
"Ribeirão" muito querida
"das letras " és a cidade,
agora reconhecida
por toda a sociedade!
26
Rola a bola lá no campo
e a conversa no boteco...
São unidas num só grampo
tendo na frente o caneco.
27
Show de bola lá no campo;
corre o juiz! É o escanteio... 
O calção perdeu o grampo,
todo mundo viu o traseiro!
28
Ter dinheiro nesta vida
não significa nobreza,
mas é mesa dividida
com muita delicadeza!
29
Um coração já maduro,  
sabendo a escolha fazer.
não caminha pelo escuro 
sabe o bem reconhecer.
30
Você fez uma promessa
de cuidar sempre de mim.
Foi uma palavra expressa,
pequenina, mas foi "sim"!
_____________________________________________
Elisa Alderani nasceu em 22 de fevereiro de 1938 em Como, Itália. Formada em técnico de Química Industrial, trabalhou no laboratório de uma Fábrica Têxtil até se casar. Mudou-se Ribeirão Preto, em 1978.
Ao se aposentar entrou na escola de terceira idade frequentando as oficinas culturais do SESC.
Membro da Casa do Poeta, cadeira n. 15,e da Galeria das Letras. Membro da União Brasileira de Escritores, participa também da União Brasileira dos Trovadores e as oficinas doa União dos Escritores Independentes.
Tem participação em várias antologias do Brasil e de Ribeirão Preto como Ave Palavra e Frutos da Terra. Foi premiada no concurso da ALUMIG de Belo Horizonte, nos Jogos Florais de Ribeirão Preto, Jogos Florais de Santos.
Na comunidade da Igreja Santo Antônio de Pádua, frequenta a Associação da Legião de Maria, visitando pessoas doentes e levando a elas conforto da Sagrada Comunhão. 
Em 2008 publicou seu primeiro livro Flores do meu jardim - Fiori del mio Giardino, bilingue, produção independente, com o qual ganhou o premio Ruben Cione de Literatura, na Feira do Livro de 2009.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Conrado da Rosa (1930 - 2003)


A lágrima consagrada
aos pés da divina cruz,
será uma flor alcançada
no teu caminho de luz.

Ao chimarrear tão sozinho
no canto do avarandado,
a saudade é um passarinho
beliscando o meu passado.

À praia, mal comparando,
vou quando o vento não tem:
tu, a jangada chegando,
mas fingindo que não vem.

Aquele ranchinho triste,
feito à beira do caminho.
foi testemunha que existe
do quanto sofri sozinho.

A vida, grande carreira:
os anos formam a raia...
Chegando à cabeceira,
a morte está de tocaia.

Com jeito falas de amor,
mas algum truque me assusta...
Sabes bem te dar valor,
e sei bem quanto me custa.

Comparo o viver sozinho,
a que muita gente tem,
à tristeza de um caminho
onde não passa ninguém...

Contar estrelas eu sei,
desde criança aprendi,
não sei se todas contei,
mas contei todas que vi.

Cruzei todos os caminhos
sem saber onde iam dar...
-Pássaro de tantos ninhos
perde seu próprio lugar!

Deixem-me ficar quietinho,
numa quietude de monge.
Eu sei que todo caminho
leva a gente para longe...

Do triunfo não quero a palma,
nem da glória o pedestal:
Apenas a vida calma
do meu fundo de quintal.

Durmo tranquilo na rede,
me desperta a passarada...
Pela frincha da parede
entra um fio da madrugada.

Essa loirinha – ternura,
que passa envolta em quimera,
vem de noite e me procura,
mas transformada em pantera...

Essas cruzes que deparo
ao longo do meu caminho,
são de amigos, que não raro,
vão me deixando sozinho.

Esta viola que hoje tenho,
sonoridade sem fim,
é de um sagrado lenho,
capaz de tocar sem mim.

Este contraste covarde,
causa do meu desengano:
Tu és a brisa da tarde
eu, vento forte de outono.

Estes meus cabelos brancos,
semeados ao passar dos anos,
são devido aos solavancos
da estrada dos desenganos.

Há muito tempo passado,
renunciei à juventude,
mágoas eu trouxe ao meu lado,
felicidade eu não pude.

Já fui fonte de água pura,
praia, arroio a navegar...
Sou rio, cuja ventura
é correr... correr pro mar...

Mesclada de fantasia,
no meu sonho tu surgiste...
Mas veio a barra do dia
e, venturosa, fugiste.

Meu testamento está feito,
agora te remeti:
guarda sempre junto ao peito
cem trovas que fiz pra ti.

Minha estrela da manhã
brilha sobre o meu caminho!
Que minha alma tenha irmã,
que eu não seja tão sozinho.

Montei no lombo da noite
na busca de sonhos fundos;
a brisa foi nobre açoite
pra alimentar tantos mundos.

Na costa do Jaguarão,
bem neste extremo gaúcho,
é que nasceu este irmão.
que pra cantar não tem luxo.

Não fosse a tristeza minha,
que assim vai me consumindo,
o riso da tua boquinha
me faria andar sorrindo...

Narigudo, o “Zé Pegada”
foi campeão por um triz...
Pois na linha da chegada
ele avançou seu nariz.

Na terra, morre um poeta
e ninguém lembra jamais...
-Mas o Universo se inquieta
e uma estrela brilha mais.

Negrinho do Pastoreio,
mulato santificado,
me trás aqui pelo freio
aquele amor desgarrado.

No mar do meu casamento,
onde a esperança desmaia,
tu és a jangada ao vento,
fugindo, deixando a praia.

Nunca vai à igreja em vão
essa loura sem retovo:
De dia pede perdão,
de noite peca de novo.

Ó meu Deus, como sou feio,
tão na flor da mocidade!
Mas juro que não me apeio
do matungo da vaidade…

Pôe-se a criança a chorar,
depois ri, tudo é preciso...
Mas há sempre um despertar
entre a lágrima e o sorriso.

Por uma palha perdida,
brigam tanto, fazem cena...
E depois, no fim da vida,
será que valeu à pena?

Quando acode aos meus apelos,
faz o tempo rodopiar:
traz a noite nos cabelos
e a madrugada no olhar...

Quando pra sempre te fores,
muito além da solidão,
murcharão todas as flores
e os pássaros migrarão...

Quantos anos eu vivi
na velhice que componho...
Foram anos que perdi
na busca louca de um sonho.

Quem pilota este navio,
nas crespas ondas da crise?
Hoje se anda por um fio,
por mais que se economize!…

Quem tem a alma em revolta,
vê tudo confuso assim:
– Caminhos que não tem volta...
– Estradas que não tem fim...

Quero-quero, sentinela,
no meio da noite grita,
espalhando que é por ela
que minha alma anda proscrita...

Saudade... um barco partindo,
por entre brumas de esguio...
Lembrança me dividindo
na última curva do rio!

Saudade, vaca tambeira,
que volta no entardecer
quando, à sombra da parreira,
o mate pego a sorver.

Tudo tem igual valor,
no meu tranco de solteiro:
-Caso com o último amor,
mas lembrando do primeiro...

Uma noite não é nada
quando sonhar é tão lindo,
pois vem logo a madrugada
e meus sonhos vão fugindo.

Vamos fazer o correto,
de nossa vida um resumo:
tu serás meu objeto,
eu serei o teu consumo...
___________________________________________________
Conrado da Rosa nasceu em Jaguarão/RS, a 28 de novembro de 1930. Poeta e Trovador, militar reformado, casado com a trovadora Doralice Gomes da Rosa. Foi na residência do casal, naquele tempo localizada na rua Itapucai, no Bairro Cristal, em Porto Alegre, que no dia 8 de março de 1969 foi criada e instalada a União Brasileira de Trovadores, da qual Conrado foi associado até o fim da sua vida. Conrado participou da coletânea Trovadores do Brasil - 2º Volume, organizada por Aparício Fernandes, e das antologias Cantares do Sul e Trovadores do Rio Grande do Sul.

Fonte:
União Brasileira de Trovadores Porto Alegre/RS. Trovas de Doralice Gomes da Rosa e Conrado da Rosa. Coleção Terra e Céu, vol. XXVII. Porto Alegre/RS: Texto Certo, 2016.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Cidoca da Silva Velho (1920 - 2015)


1
A aurora – incêndio de rosas –
noiva astral de um belo dia,
faz das nuvens vagarosas
sua corte em romaria.
2
A mulher nunca se cansa,
sonda o arcano mais profundo...
A mão que um berço balança
é a mão que governa o mundo.
3
Ao ouvir a serenata,
em devaneios tristonhos,
vem a saudade e desata
dentro de mim velhos sonhos!
4
Ao pranto e ao riso se alinha
a chuva de vez em quando.
Cai chorando e faz festinha
nos beirais, tamborilando.
5
A seresta enluarada,
velhos tempos despertando,
faz da saudade uma estrada
por onde sigo cantando…
6
A trova, tão minha amiga,
eu levo para onde for;
e vou, com minha cantiga,
disfarçando a minha dor.
7
Batalho, mas mil fracassos
me abatem sempre ao rever-te.
Como encontrar em teus braços
coragem para esquecer-te?
8
Cada minuto que passa,
encurtando a nossa vida,
nos leva ao porto que traça
nossa grande despedida.
9
Cai a noite, escura e fria
e a Fé, que sempre nos fala,
nos aponta um novo dia
e os nossos sonhos embala.
10
Das emoções que eu revejo,
uma em pranto se reveste:
a que ficou no desejo
do beijo que não me deste.
11
Do nosso amor fracassado,
às lembranças eu me enlaço,
embalando o meu passado
na ternura de um abraço.
12
Dos meus sonhos, na distância,
o meu veleiro veloz
navega ainda na infância,
numa casquinha de noz.
13
Em vigília, em noite calma,
a espera nunca me anseia:
na janela de minha alma
mantenho acesa a candeia.
14
Fogo sagrado que aviva,
todo amor em doação
é uma lâmpada votiva
no templo do coração.
15
Foi tudo inútil, suponho!
Brigamos nem sei por quê...
Marco encontro com o sonho
e quem encontro? – Você!
16
Folhas mortas, no abandono,
numa tarde esmaecida,
vêm lembrar o triste outono
dos sonhos de minha vida.
17
Folhas secas vão rolando.
O ocaso é um palco tristonho
que aos poucos vai se fechando
sobre as cinzas do meu sonho!
18
Há estrelas por toda parte:
no céu, na terra, no mar...
E descubro, ao contemplar-te,
mais duas no teu olhar.
19
Hoje esqueço as ampulhetas
do tempo, nos torvelinhos...
Quero a paz das violetas
que se ocultam nos caminhos.
20
Horas mortas! Plena noite!
Entre o sonho e a realidade,
a tua ausência é um açoite
no vendaval da saudade!
21
Mais vale a luz da quimera,
que ilumina uma esperança,
que os sonhos mortos da espera,
na penumbra da lembrança.
22
Mãos de mãe, envelhecidas
pelo labor que enobrece,
são como conchas unidas
pelo labor de uma prece.
23
Mar revolto, se agitando,
lembra a vida em seu passar...
Sou veleiro flutuando,
me equilibrando no mar.
24
Mesmo em contraste na vida,
na dor, a fé nos irmana.
A luz do sol tem guarida
no palácio ou na choupana.
25
Meu filho, quando eu te enlaço
nos meus braços, que ventura!
Sempre és pequeno e eu me faço
teu abrigo de ternura.
26
Não diga adeus! Vai seguindo...
Nesta ilusão que me embala,
deixe a saudade dormindo,
é cedo para acordá-la!
27
Não faças da lealdade
sentimento assim a esmo...
Como início de verdade,
sê leal contigo mesmo.
28
Neste bailado das horas,
no longo espaço da espera,
pergunto: Por que demoras,
se é tão curta a primavera?
29
Neste silêncio das horas
dentro da noite tranquila,
minha alma é o resto de auroras
que pela noite desfila.
30
No berço meu filho dorme,
entre nuvens de cetim;
e numa ternura enorme
sinto o céu bem junto a mim.
31
No deslize descuidado,
ainda que reste o amor,
reflete o cristal trincado,
que perdeu o seu valor!
32
No meio termo acharemos
a virtude, a temperança...
Porque jamais nos extremos
fica o fiel da balança!
33
Nosso encontro... A convivência...
E do amor a descoberta
foi a mais linda sequência
que esta saudade desperta.
34
Num mar em trevas, sem lua,
pedindo aos astros clemência,
minha saudade flutua
abraçada à tua ausência.
35
Os meus sonhos... Não me iludo,
são castelos já sem portas,
mostrando a saudade em tudo,
abrigo das horas mortas.
36
O tempo é lento na espera,
longo, se uma dor persiste,
é breve numa quimera...
para quem ama, inexiste!
37
Para enfeitar seu declínio,
o sol – andarilho louro –
faz do crepúsculo escrínio
onde guarda nuvens de ouro.
38
Quando de mim te aproximas,
com semblante sonhador,
minha alma flutua em rimas,
compondo versos de amor.
39
Que as flores da liberdade
se alteiem pelo caminho,
para ocultar a maldade
do marco de um pelourinho.
40
Se na estrada percorrida,
sangrei os pés, a chorar,
que importa? O encanto da vida
não é viver, é sonhar.
41
Sorri sempre, pois que a vida
é um espelho, e onde estiveres,
vai refletir, na medida,
a cara que tu fizeres.
42
Toda essa felicidade
que procuras por aí,
encontrarás na verdade,
dentro, bem dentro de ti.
43
Toda mãe é para o filho
como a luz que se propaga:
só se avalia o seu brilho
quando a luz, por fim, se apaga!
44
Trago sempre a alma em festa,
que importa se a noite é fria...
faço da trova seresta
embalando a fantasia!
45
Tu mentes e eu te proponho
que continues mentindo,
pois alimentas meu sonho
e eu finjo que estou dormindo...
46
Tu vives no teu mirante;
e eu, na saudade, em açoite,
quero ser, mesmo distante,
uma estrela em tua noite.
47
Uma velhice bem-vinda,
de virtudes enfeitada,
lembra a tarde calma e linda
com fulgores de alvorada!
48
Vencendo o fragor da lida,
à tarde, em que a luz desmaia,
sou como a areia batida,
que se faz duna na praia.
________________
Cidoca da Silva Velho (1920 – 2015)

Maria Campos da Silva Velho, a Cidoca da Silva Velho, nasceu em São Luiz do Paraitinga (SP) em 15 de agosto de 1920, filha de Joaquim Pereira de Campos e Maria Theodora Pereira de Campos, de descendência portuguesa, era sobrinha/neta de duas baronesas e prima do Barão de Paraitinga. Foi Funcionária Pública (Escriturária) da Fazenda do Estado de São Paulo. Era viúva de Renê da Silva Velho (coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, advogado, poeta, escritor, professor de Inglês e Francês), com quem teve dois filhos – Marcelo Campos da Silva Velho (Engenheiro) e Maurício Campos da Silva Velho (Juiz de Direito). Escritora bastante ativa, Cidoca conquistou diversos prêmios literários, bem como pertenceu a entidades literárias: Academia Pindamonhangabense de Letras, Academia de Letras de Campos do Jordão e União Brasileira de Trovadores – Seção Santos. Faleceu em 07 de maio de 2015, aos 94 anos, em Jundiaí/SP, sendo sepultada no Cemitério Nossa Senhora do Desterro, no centro da cidade.

Produção literária:
Esteira de Luz - Poesia: 
Cantigas do Entardecer - Trovas, 
Martins Fontes, sua vida e obra em versos e prosa
Entardecer – Poesia. 
O Águia de Haia.

Fonte:
União Brasileira de Trovadores de Porto Alegre - RS. 
Trovas de Pedro Melo e Cidoca da Silva Velho. 
Coleção Terra e Céu vol. XCVII. Porto Alegre/RS: Texto Certo, 2016.

Lairton Trovão de Andrade (Descontraindo em versos)

01. Destrua a melancolia, pois a vida se renova! Contra a tristeza, Maria, beba chazinho de trova! 02. O plagiário é caricato que no mundo s...