sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Hely Marés de Souza (1923 - 2013)


A neve, o frio, a trincheira...
o pracinha suportou.
Pela honra brasileira
ele não se intimidou.

A nossa brava Nação,
em festa de aniversário,
recebe nossa expressão
no seu quinto centenário!

Ao cair lento da tarde...
o sol reflete brilhante
como fogo sem alarde,
e se apaga num instante.

Ao festejar o natal
usemos a tradição:
para as crianças, presentes,
e aos pais, grande emoção!

Ao retornar vitorioso,
bandeira como agasalho,
pracinha chegou ansioso
pra dedicar-se ao trabalho.

Aos amigos trovadores
desejo um Feliz Natal
vinho de vários sabores
num abraço fraternal.

Aquelas nuvens revoltas
sob o imenso firmamento,
parecem ovelhas soltas
voando a favor do vento.

Brasil com quinhentos anos,
merece ser avaliado:
alguns curtem desenganos
e outros... feliz passado!

Bravo amigo e companheiro
caçador de sabiá.
Não precisa usar dinheiro
para aprender a trovar.

Com lua cheia, serena,
perscrutando o firmamento,
aos poucos me integro à cena...
voando em meu pensamento!

De uma pinha escultural
o pinheiro é gerador,
dá pinhão, castanha real...
de inexcedível sabor!

Deus fez o planeta Terra
e, pra companheira sua,
pelo valor que ele encerra,
num sopro... criou a lua!

Hely Marés de Souza
Da poesia somos fãs,
por destino, combatentes!
A trova cria titãs,
a guerra cria valentes.

Esposa amada e amorosa,
feliz em meio à família,
trouxe ao mundo, esperançosa:
-A Vânia, o Hely e a Brasília...!

Glória ao Brasil, neste evento!
Junto a paz universal!
Saudemos, neste momento
a bandeira nacional.

Glória às forças brasileiras
em festa o povo gritava,
quando derrotou trincheiras
e o algoz que os torturava!

História, trova e civismo
a transbordar neste instante,
com salvas mui respeitosas
ao General Comandante.

Hoje, medalha no peito,
confirma seu destemor,
pracinha foi sem defeito,
à Pátria rendeu amor!

Já pronto pra trabalhar,
não terá dificuldade,
serviço não vai faltar
tamanha é a capacidade!

Mais uma etapa vencida,
cada importante vitória
foi à Pátria oferecida,
pra enriquecer nossa história.

Mascarenhas comandou
sempre a caminho da glória
e Deus o recompensou
com os louros da vitória.

Mascarenhas foi coerente
no comando e na ação,
quando impôs, pujantemente,
ao “tedesco” a rendição.

Mas, o que trouxe a vitória
alguém até já explicou:
-A Itália tem na memória
que a FEB a libertou.

Na guerra, audaz e engenhoso,
negou trégua ao inimigo,
sem se tornar rancoroso,
trouxe a vitória consigo.

Na guerra foi varonil,
na volta, um trabalhador.
O pracinha do Brasil
trouxe a paz e muito amor.

Na Itália o barco aportou,
a bordo um grande salseiro...
O Iwersen se apressou
e desembarcou primeiro!

Na Legião Paranaense,
“Casa do Expedicionário”,
a UBT em muito suspense
faz da Trova um relicário...

Nasci onde o vento bate
e junto a um grande terreiro,
ao lado um pé de erva-mate
e um majestoso pinheiro.

Neste dia tão festivo,
data em que você nasceu,
receba o abraço afetivo
de quem nunca o esqueceu.

No mundo da fantasia
que faz sorrir a criança,
o palhaço, na folia,
é o arauto da esperança!

No seu lar pleno de amor
neste natal reine a paz,
rememorando o esplendor
de dois mil anos atrás.

O Brasil foi ao Timor
salvar aquela nação.
Levou mensagem de amor
e cumpriu sua missão!

O Brasil, país ordeiro,
jamais pensou em maldade.
Foi à guerra o brasileiro
defender a liberdade.

O civismo e a poesia
são elos de ligação
que unem, com maestria,
Trovadores e a Legião!

O homem que foi à guerra,
água fresca em seu cantil,
por certo foi um gigante
na defesa do Brasil.

O pracinha da “Legião”,
sempre bem representada,
abraça o poeta irmão
e augura feliz jornada!

Padre Alberto, capelão
da FEB expedicionário,
na Itália com distinção
lutou como um missionário!

Persistir na caminhada
de trovas sensacionais,
é missão tão delicada
quanto regar os rosais!

Pracinha soldado bamba
em Camaiore atacou
com granadas fez um samba
e o tedesco se entregou.

Quero rever os meus pagos
e ouvir toda a velha história.
Quero sentir os afagos
da minha União da Vitória.

Saúdo o neto engenheiro!
sucesso terá na soma...
Provou ser bom brasileiro
e conquistou o diploma.

Se eu devo até navegar
nas ondas bravas da vida,
preciso com você estar:
Meu amor, minha querida!

Sem demonstrar seu cansaço
e sem pensar no porvir,
no picadeiro, o palhaço
faz a plateia sorrir.

Sob intensa artilharia
conquistou Monte Castello,
onde hasteou com galhardia
o pano verde e amarelo.

Zenóbio grande guerreiro
comandou a Infantaria,
mas não superou Cordeiro...
-Poderosa Artilharia!!!
_________________________________
Hely Marés de Souza, nasceu em 1923, em União da Vitória/PR. Descende de tradicional família espanhola que introduziu o cultivo da erva-mate naquela cidade e construiu o Engenho do Mate no século XIX, localizado em Rondinha, Campo Largo. Formou-se em Direito, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde também cursou até o terceiro ano de Engenharia.

Aos 19 anos, foi subitamente convocado para integrar a Força Expedicionária Brasileira durante a II Guerra Mundial, na Itália, quando o Brasil encontrava-se ameaçado pela tirania nazi-fascista. Participou do 6º Regimento de Infantaria, 2º Grupo de Artilharia, 9º Batalhão de Engenharia, 2º Grupo de Obuses Auto Rebocado e de todas as ações da artilharia brasileira nos combates de Monte Castello, Montese, Camaiore, Belvedere, Abetaia, Monte Della Castellina, Pietra Collina, entre outros. No seu retorno ao Brasil, foi um dos fundadores da Legião Paranaense do Expedicionário, sócio n° 22, entre os 2500 registrados e seu presidente por sete gestões.

Como expedicionário, Hely fez a diferença. Ao retornar ao Brasil, vivenciou as dificuldades enfrentadas por muitos dos ex-companheiros de caserna, que diante dos horrores da guerra precisavam de apoio psicológico e financeiro. Se as famílias eram ajudadas pelo governo federal até então, o auxílio cessou com o retorno dos soldados. Diante disso, Hely se empenhou na formação e fundação da Casa do Expedicionário de Curitiba, onde atualmente localiza-se o Museu do Expedicionário, no bairro Alto da XV, para dar apoio aos ex-combatentes e suas famílias.

Formou-se em Direito pela UFPR e trabalhou no Palácio Iguaçu, onde ocupou o cargo de Procurador do Estado, tornando-se o consultor das questões mais complexas do Direito Público. Durante 30 anos, trabalhou no Palácio Iguaçu, com 16 governadores. Foi, diretor jurídico do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE. 

Foi condecorado com as medalhas de Campanha e de Guerra, concedidas pelo Ministério da Guerra; de Mérito, pelo Governo do Estado do Paraná; Mascarenhas de Moraes, pela Associação dos Ex-Combatentes do Brasil; do Pacificador, conferida pelo Ministério do Exército; de Cavaleiro da Ordem do Mérito, medalha de ouro conferida pelo Governo Polonês, em Londres; de Reconhecimento, pela Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB); da Vitória, pela Associação dos Ex-Combatentes do Brasil/RJ, e Max Wolff Filho, outorgada pela Legião Paranaense do Expedicionário. 

Grande incentivador da cultura e membro de várias entidades culturais: Membro efetivo do Círculo de Estudos Bandeirantes, Centro Cultural Ítalo-Brasileiro Dante Alighieri, Soberana Ordem do Sapo, Sociedade dos Amigos de Alfredo Andersen, Academia de Cultura de Curitiba, Clube dos Vinte e Um Irmãos Amigos e ANVFEB do Rio de Janeiro. Foi escritor, poeta, pesquisador, trovador e presidente da União Brasileira de Trovadores, Seção de Curitiba. Faleceu em 2013.

Fontes:
União Brasileira de Trovadores Porto Alegre - RS. 
Trovas de Vânia França de Souza Ennes e Hely Marés de Souza. 
Coleção Terra e Céu. vol. LXVIII. Porto Alegre/RS: Texto Certo, 2016.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Elisa Alderani

As trovas abaixo foram premiadas. O tema da trova está em negrito.

1
linha do trem recorda
o dia em que tu partiste.
E o meu coração acorda...
Pulsa a dor que produziste!
2
Amo ler, e bem escolho
no livro a mensagem certa.
O conteúdo, recolho
não deixo a mente deserta!
3
Boca de lobo entupida...
Só não jogam quem merece!
Sarjeta não tem saída,
vamos ver o que acontece,..
4
Choveu forte na cidade,
Corre barro na sarjeta...
Sai do banco meu confrade,
cai... Suja toda a jaqueta...
5
Com linha branca costuro
o enxoval do meu menino.
Só Deus sabe seu futuro,
ao seu amor eu me inclino!
6
De mãos dadas caminhava
com ele ao lado direito.
O meu coração sonhava
num casamento perfeito.
7
De sonhar temos direito,
Ninguém nos pode tirar  
o desejo mais perfeito
de escolher a quem amar!
8
Encontro sempre um abrigo
quando existe tempestade.
No livro que é meu amigo...
a chuva de paz me invade!
9
É pássaro em revoada
o voltar dos pensamentos,
no vai e vem da alvorada
e na utopia dos ventos!  
10
Lá do cume da montanha,
vejo a paisagem mais linda,
Deus fez esta obra tamanha
sua perfeição é infinda!
11
Lapidei teu coração
como um brilhante valioso,
e com constante oração
o tornei mais luminoso!
12
Lava os pés, pobre Zezinho...
na sarjeta está sentado,
fala com ele sozinho
está bêbado o coitado!
13
Na linha da nossa vida,
nós temos a curva e a reta;
encontramos a guarida
quando a dor a inveja injeta.
14
página amarelada
de um álbum, quase esquecido,
tem a lembrança velada...
De tanto tempo perdido.
15
Na paisagem do meu sonho,
cada noite te procuro.
Vejo-te belo e risonho
no coração te seguro!
16
Naquela estação tão fria
que não consigo esquecer...
o meu coração sentia
que não ia mais te ver.
17
No caminho desta vida,
vitória conquistada
deixa a pessoa iludida
que não será derrotada...
18
Nosso time brasileiro
bom de bola conhecido.
Com os pés dum artilheiro
tem o título vencido!
19
O centro deste brilhante
esconde doce segredo,
meu coração palpitante
que vai ficar em seu dedo,
20
Quando a insônia me atormenta
na ilusão sinto teus braços.
E o devaneio sustenta
a doçura destes laços.
21
Quando Deus criou o mundo,
deu-nos um mundo perfeito.
Pra que ele seja fecundo
devemos cuidar direito.
22
Quando falo de respeito...
quanto choro derramei
sozinha, triste no leito,
traída, por quem amei!
23
Quando um homem é de respeito,
todos sentem segurança,
ele emana de seu jeito
o perfume da confiança.
24
Quem na testa tem coroa,
sabe reinar com nobreza...
Em praticar obra boa,
ama o povo com certeza!
25
"Ribeirão" muito querida
"das letras " és a cidade,
agora reconhecida
por toda a sociedade!
26
Rola a bola lá no campo
e a conversa no boteco...
São unidas num só grampo
tendo na frente o caneco.
27
Show de bola lá no campo;
corre o juiz! É o escanteio... 
O calção perdeu o grampo,
todo mundo viu o traseiro!
28
Ter dinheiro nesta vida
não significa nobreza,
mas é mesa dividida
com muita delicadeza!
29
Um coração já maduro,  
sabendo a escolha fazer.
não caminha pelo escuro 
sabe o bem reconhecer.
30
Você fez uma promessa
de cuidar sempre de mim.
Foi uma palavra expressa,
pequenina, mas foi "sim"!
_____________________________________________
Elisa Alderani nasceu em 22 de fevereiro de 1938 em Como, Itália. Formada em técnico de Química Industrial, trabalhou no laboratório de uma Fábrica Têxtil até se casar. Mudou-se Ribeirão Preto, em 1978.
Ao se aposentar entrou na escola de terceira idade frequentando as oficinas culturais do SESC.
Membro da Casa do Poeta, cadeira n. 15,e da Galeria das Letras. Membro da União Brasileira de Escritores, participa também da União Brasileira dos Trovadores e as oficinas doa União dos Escritores Independentes.
Tem participação em várias antologias do Brasil e de Ribeirão Preto como Ave Palavra e Frutos da Terra. Foi premiada no concurso da ALUMIG de Belo Horizonte, nos Jogos Florais de Ribeirão Preto, Jogos Florais de Santos.
Na comunidade da Igreja Santo Antônio de Pádua, frequenta a Associação da Legião de Maria, visitando pessoas doentes e levando a elas conforto da Sagrada Comunhão. 
Em 2008 publicou seu primeiro livro Flores do meu jardim - Fiori del mio Giardino, bilingue, produção independente, com o qual ganhou o premio Ruben Cione de Literatura, na Feira do Livro de 2009.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Conrado da Rosa (1930 - 2003)


A lágrima consagrada
aos pés da divina cruz,
será uma flor alcançada
no teu caminho de luz.

Ao chimarrear tão sozinho
no canto do avarandado,
a saudade é um passarinho
beliscando o meu passado.

À praia, mal comparando,
vou quando o vento não tem:
tu, a jangada chegando,
mas fingindo que não vem.

Aquele ranchinho triste,
feito à beira do caminho.
foi testemunha que existe
do quanto sofri sozinho.

A vida, grande carreira:
os anos formam a raia...
Chegando à cabeceira,
a morte está de tocaia.

Com jeito falas de amor,
mas algum truque me assusta...
Sabes bem te dar valor,
e sei bem quanto me custa.

Comparo o viver sozinho,
a que muita gente tem,
à tristeza de um caminho
onde não passa ninguém...

Contar estrelas eu sei,
desde criança aprendi,
não sei se todas contei,
mas contei todas que vi.

Cruzei todos os caminhos
sem saber onde iam dar...
-Pássaro de tantos ninhos
perde seu próprio lugar!

Deixem-me ficar quietinho,
numa quietude de monge.
Eu sei que todo caminho
leva a gente para longe...

Do triunfo não quero a palma,
nem da glória o pedestal:
Apenas a vida calma
do meu fundo de quintal.

Durmo tranquilo na rede,
me desperta a passarada...
Pela frincha da parede
entra um fio da madrugada.

Essa loirinha – ternura,
que passa envolta em quimera,
vem de noite e me procura,
mas transformada em pantera...

Essas cruzes que deparo
ao longo do meu caminho,
são de amigos, que não raro,
vão me deixando sozinho.

Esta viola que hoje tenho,
sonoridade sem fim,
é de um sagrado lenho,
capaz de tocar sem mim.

Este contraste covarde,
causa do meu desengano:
Tu és a brisa da tarde
eu, vento forte de outono.

Estes meus cabelos brancos,
semeados ao passar dos anos,
são devido aos solavancos
da estrada dos desenganos.

Há muito tempo passado,
renunciei à juventude,
mágoas eu trouxe ao meu lado,
felicidade eu não pude.

Já fui fonte de água pura,
praia, arroio a navegar...
Sou rio, cuja ventura
é correr... correr pro mar...

Mesclada de fantasia,
no meu sonho tu surgiste...
Mas veio a barra do dia
e, venturosa, fugiste.

Meu testamento está feito,
agora te remeti:
guarda sempre junto ao peito
cem trovas que fiz pra ti.

Minha estrela da manhã
brilha sobre o meu caminho!
Que minha alma tenha irmã,
que eu não seja tão sozinho.

Montei no lombo da noite
na busca de sonhos fundos;
a brisa foi nobre açoite
pra alimentar tantos mundos.

Na costa do Jaguarão,
bem neste extremo gaúcho,
é que nasceu este irmão.
que pra cantar não tem luxo.

Não fosse a tristeza minha,
que assim vai me consumindo,
o riso da tua boquinha
me faria andar sorrindo...

Narigudo, o “Zé Pegada”
foi campeão por um triz...
Pois na linha da chegada
ele avançou seu nariz.

Na terra, morre um poeta
e ninguém lembra jamais...
-Mas o Universo se inquieta
e uma estrela brilha mais.

Negrinho do Pastoreio,
mulato santificado,
me trás aqui pelo freio
aquele amor desgarrado.

No mar do meu casamento,
onde a esperança desmaia,
tu és a jangada ao vento,
fugindo, deixando a praia.

Nunca vai à igreja em vão
essa loura sem retovo:
De dia pede perdão,
de noite peca de novo.

Ó meu Deus, como sou feio,
tão na flor da mocidade!
Mas juro que não me apeio
do matungo da vaidade…

Pôe-se a criança a chorar,
depois ri, tudo é preciso...
Mas há sempre um despertar
entre a lágrima e o sorriso.

Por uma palha perdida,
brigam tanto, fazem cena...
E depois, no fim da vida,
será que valeu à pena?

Quando acode aos meus apelos,
faz o tempo rodopiar:
traz a noite nos cabelos
e a madrugada no olhar...

Quando pra sempre te fores,
muito além da solidão,
murcharão todas as flores
e os pássaros migrarão...

Quantos anos eu vivi
na velhice que componho...
Foram anos que perdi
na busca louca de um sonho.

Quem pilota este navio,
nas crespas ondas da crise?
Hoje se anda por um fio,
por mais que se economize!…

Quem tem a alma em revolta,
vê tudo confuso assim:
– Caminhos que não tem volta...
– Estradas que não tem fim...

Quero-quero, sentinela,
no meio da noite grita,
espalhando que é por ela
que minha alma anda proscrita...

Saudade... um barco partindo,
por entre brumas de esguio...
Lembrança me dividindo
na última curva do rio!

Saudade, vaca tambeira,
que volta no entardecer
quando, à sombra da parreira,
o mate pego a sorver.

Tudo tem igual valor,
no meu tranco de solteiro:
-Caso com o último amor,
mas lembrando do primeiro...

Uma noite não é nada
quando sonhar é tão lindo,
pois vem logo a madrugada
e meus sonhos vão fugindo.

Vamos fazer o correto,
de nossa vida um resumo:
tu serás meu objeto,
eu serei o teu consumo...
___________________________________________________
Conrado da Rosa nasceu em Jaguarão/RS, a 28 de novembro de 1930. Poeta e Trovador, militar reformado, casado com a trovadora Doralice Gomes da Rosa. Foi na residência do casal, naquele tempo localizada na rua Itapucai, no Bairro Cristal, em Porto Alegre, que no dia 8 de março de 1969 foi criada e instalada a União Brasileira de Trovadores, da qual Conrado foi associado até o fim da sua vida. Conrado participou da coletânea Trovadores do Brasil - 2º Volume, organizada por Aparício Fernandes, e das antologias Cantares do Sul e Trovadores do Rio Grande do Sul.

Fonte:
União Brasileira de Trovadores Porto Alegre/RS. Trovas de Doralice Gomes da Rosa e Conrado da Rosa. Coleção Terra e Céu, vol. XXVII. Porto Alegre/RS: Texto Certo, 2016.

Lairton Trovão de Andrade (Descontraindo em versos)

01. Destrua a melancolia, pois a vida se renova! Contra a tristeza, Maria, beba chazinho de trova! 02. O plagiário é caricato que no mundo s...